A nova estratégia do Pão de Açúcar terá “Éxito”?
Ontem (quarta-feira, 10), o Grupo Pão de Açúcar (GPA, na foto) soltou um fato relevante informando que está estudando segregar as operações entre Éxito e Pão de Açúcar Brasil, visando destravar o valor das empresas do grupo. Acontece que isso já ocorreu anteriormente com outras companhias; então, entenda neste Relatório Especial se essa é uma boa oportunidade de investimento...
Ontem (quarta-feira, 10), o Grupo Pão de Açúcar (GPA, na foto) soltou um fato relevante informando que está estudando segregar as operações entre Éxito e Pão de Açúcar Brasil, visando destravar o valor das empresas do grupo. Acontece que isso já ocorreu anteriormente com outras companhias; então, entenda neste Relatório Especial se essa é uma boa oportunidade de investimento.
Ao longo da última década, o grupo francês Casino fez uma série de aquisições de ativos na América do Sul. Debaixo do guarda-chuva do Grupo Pão de Açúcar, foram adquiridos e colocados juntos Pão de Açúcar Brasil, Via, Assaí, a grande varejista colombiana Éxito e até mesmo um e-commerce francês chamado Cnova.
A partir de 2019, o grupo iniciou uma fase de desinvestimentos e segregação dos ativos para um destravamento de valor —já que, na mesma cesta, o mercado não conseguia entender o valor do negócio. Então teve início a chamada tese de soma das partes do Grupo Pão de Açúcar, que atualmente vem sendo olhado com desconfiança pelo mercado.
O primeiro episódio ocorreu em 2019, a partir da primeira operação de venda da atual Via (dona de Casas Bahia e Ponto Frio) para um grupo de empresários. Dessa forma, a empresa se capitalizou ao sair de um negócio que não era seu foco principal.
O segundo episódio se deu em março de 2021, quando a empresa liderada pelo Casino realizou uma segregação de negócios. Desta vez, o atacarejo Assaí foi listado na Bolsa, e a empresa do grupo foi vista pelo mercado com maior potencial de crescimento.
Na época, o destravamento de valor foi bem-sucedido, com alta de 17% desde a inauguração das ações com ticker ASAI3. Na outra ponta, as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) chegaram a se valorizar 82% depois da separação dos negócios. No entanto, com a elevação das taxas de juros no Brasil, as ações do GPA já têm sido negociadas abaixo do valor da segregação entre os ativos.
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A empresa continuou no processo de melhoria da gestão dos ativos e, em outubro do ano passado, anunciou a venda de 71 lojas do grupo Extra, que estavam dentro da estrutura do Pão de Açúcar, para o Assaí pelo valor de R$ 5,2 bilhões. Na ocasião, o mercado gostou e as ações chegaram a subir 25% —mas essa alta não se manteve, assim como na etapa anterior. Para saber mais sobre como avaliamos este evento, clique aqui!
No dia de ontem, a empresa divulgou mais uma fase na busca da melhor precificação dos ativos. O estudo de um plano de viabilidade para a segregação entre as operações do Pão de Açúcar Brasil e o braço colombiano das operações pode, finalmente, levar os ativos para mais perto de um valor justo.
Apenas para se ter uma ideia, atualmente, o valor de patrimônio do grupo é de R$ 14 bilhões, ou R$ 52 por ação; no entanto, os papéis são negociados em Bolsa por R$ 4,7 bilhões, ou R$ 18 por ação —35% do valor patrimonial.
Olhando apenas para o Éxito, braço colombiano que é negociado na Bolsa lá fora, ainda que com uma baixa liquidez, a empresa tem um valor de mercado de R$ 6 bilhões, o que deixa o Pão de Açúcar Brasil e o e-commerce Cnova precificados a menos que zero.
Essa é mais uma tentativa de destravamento de valor. Uma vez que o mercado é cético com a companhia até aqui, seguimos acompanhando o desenrolar da história, que ainda pode render bom retorno aos investidores.
João Abdouni, analista CNPI na Inv Publicações.
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