Deltan não criou diárias da Lava Jato nem se valeu delas, alega defesa ao TCU
A defesa do chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, argumentou nesta terça-feira (9) ao Tribunal de Contas da União (TCU) que o procurador, hoje candidato a deputado federal, não deve estar presente nos julgamentos sobre as diárias da Lava Jato...
A defesa do chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, argumentou nesta terça-feira (9) ao Tribunal de Contas da União (TCU) que o procurador, hoje candidato a deputado federal, não deve estar presente nos julgamentos sobre as diárias da Lava Jato, que uma câmara do TCU julga nesta manhã.
Para a defesa, nem Deltan ordenou a criação da força-tarefa e seu sistema de funcionamento, como ele também não se valeu de nenhuma diária.
“Não há como se responsabilizar o gestor”, argumentou Arthur Lima Guedes, que representa o procurador. “Ele não tem ato a ser analisado neste momento. Sem ato, não há como se imputar qualquer conduta dolosa ou culposa.”
“O senhor Deltan foi chamado aos autos sem que lhe fosse imputado qualquer ato específico, e a sustentação para o chamamento dele é que ele seria o procurador natural do caso, o coordenador da operação e, diante destas premissas que não se sustentam, ele teria notoriamente participado da concepção de como o modelo da força-tarefa foi estruturada”, explicou o advogado.
“Ele não era o procurador natural, não pediu a concepção, e chegaria depois da formação da força-tarefa”, rebate a defesa “Ele não figura nem de um lado como criador de despesa, nem outro, como tomador de despesa”. Deltan já morava em Curitiba, sede da operação, durante a data dos fatos.
O julgamento ainda está em fase de sustentações orais dos procuradores envolvidos no caso. O relator, ministro Bruno Dantas, ainda não leu seu relatório.
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