Na abertura do semestre da Justiça Eleitoral, o presidente do TSE, Edson Fachin, disse que quem busca contestar o funcionamento da eleição brasileira quer apenas o interesse próprio, e busca fugir das suas responsabilidades.

“Quem, portanto, vocifera não aceitar resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas eletrônicas e o processo de votação”, disse Fachin. “Está defendendo o interesse próprio, de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão de ser votado pela maioria da população brasileira.”

Ele continuou:

“Desqualificar a segurança das urnas eletrônicas tem, a rigor, um único objetivo: tirar dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido e sua vontade foi respeitada.”

Durante o recesso do Judiciário em julho, a corte eleitoral sofreu seguidos ataques de Jair Bolsonaro e de seus apoiadores. No dia 18, o presidente disse a embaixadores sobre supostas fraudes sobre as urnas – que ele jamais confirmou.

No dia 24, ele disse a seus apoiadores para sair às ruas “pela última vez” em 7 de Setembro.

O discurso de Fachin se contrapôs ao discurso de Luiz Fux na abertura do semestre no Judiciário. O presidente do STF também saiu em defesa da urna eletrônica brasileira, mas disse confiar em civilidade e paz durante as eleições desse ano.

Fachin deixará o cargo de presidente do TSE em 14 de agosto. Assumirá o posto o ministro Alexandre de Moraes.