Crusoé: “A garçonnière da Democracia”
"Tive um encontro com a Democracia", diz Orlando Tosetto Júnior, em artigo para a Crusoé. "Ah, eu sei o que o amigo está pensando: que fui a uma dessas festas, comícios ou shows de anciões que tocam violão só de cueca"...
“Tive um encontro com a Democracia”, diz Orlando Tosetto Júnior, em artigo para a Crusoé.
“Ah, eu sei o que o amigo está pensando: que fui a uma dessas festas, comícios ou shows de anciões que tocam violão só de cueca e saiote de palha, com vinho vagabundo, refrigerante quente, salgadinho gelado e gente dançando com os braços para cima. Uma dessas festas em que o chão logo fica grudento, em que as mulheres pintam a cara como argentinas e o perfume no ar é um misto de cebola e cecê. Porque é isso – não é? – que se chama de encontro com a Democracia. Isso ou algum programa de TV cheio de gente trans.”
“Não, não foi isso. Foi um encontro com ela mesma. A Democracia. Em carne e osso. Ou em vapores abstratos, que sei eu. Um amigo veio me disse: olhe, vá a tal endereço, em tal dia, a horas tais, que ela vai estar lá te esperando. Expressei ao amigo um certo incômodo. Veja bem, eu disse, eu não sou do tipo que frequenta garçonnières, e nem do tipo que faz com a Democracia o que se faz em garçonnières.”
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