A Justiça da Rússia determinou que o político de oposição Ilya Yashin (foto) continue na prisão por dois meses enquanto aguarda a conclusão de uma investigação sobre a divulgação do que o Kremlin considera informações falsas sobre a atuação do exército do país na Ucrânia. Com base na acusação, ele pode ser condenado a até 15 anos de prisão.

Após o juiz concordar com o pedido dos promotores de mantê-lo na prisão, Yashin gritou no tribunal: “A Rússia será livre!”

A defesa do político afirmou que as acusações estão relacionadas a um vídeo que ele postou em seu canal no YouTube no qual fala sobre as ações da Rússia em Bucha, onde diversos corpos foram encontrados nas ruas e em valas comuns após a retirada das tropas de Moscou. Como de costume, o governo de Vladimir Putin nega participação nas mortes.

Após a invasão da Ucrânia, a Rússia aprovou uma lei que proíbe declarações públicas que desacreditem suas Forças Armadas ou citem informações de fontes não oficiais.