Partidos driblam TSE e mantêm estruturas independentes no Congresso Partidos driblam TSE e mantêm estruturas independentes no Congresso
O Antagonista

Partidos driblam TSE e mantêm estruturas independentes no Congresso

avatar
Wilson Lima
3 minutos de leitura 11.07.2022 13:25 comentários
Brasil

Partidos driblam TSE e mantêm estruturas independentes no Congresso

Os sete partidos que decidiram pela formação de três federações partidárias têm driblado a legislação para conseguir manter a estrutura de gabinete independente e as prerrogativas regimentais de lideranças tanto na Câmara quanto no Senado...

avatar
Wilson Lima
3 minutos de leitura 11.07.2022 13:25 comentários 0
Partidos driblam TSE e mantêm estruturas independentes no Congresso
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os sete partidos que decidiram pela formação de três federações partidárias têm driblado a legislação para conseguir manter a estrutura de gabinete independente e as prerrogativas regimentais de lideranças tanto na Câmara quanto no Senado.

Em 2022, o TSE formalizou a instituição de três consórcios partidários: a Federação Brasil de Esperança – que uniu PT, PCdoB e PV –; a Federação PSDB-Cidadania e a Federação Psol-REDE.

Pelas novas regras, após a homologação das federações, os partidos deveriam atuar como se fossem uma única sigla no Congresso Nacional, nas assembleias legislativas estaduais e nas câmaras de vereadores. As homologações ocorreram entre os dias 24 e 26 de maio.

Advogados especialistas em direito eleitoral afirmam que a exigência legal de atuação conjunta dos partidos federados pressupõe, inclusive, a unificação do tempo de liderança nas sessões da Câmara e Senado e até estrutura dos partidos nas duas casas.

Ou seja, como esses partidos agora funcionam como se fosse uma única sigla, parlamentares do PT, PCdoB, PV, PSDB, Cidadania, Psol e Rede não teriam direito à instrumentos como tempos de orientação ou a assessores parlamentares da liderança das siglas de forma individual. Essas prerrogativas devem ser concentradas nas suas respectivas federações.

Um exemplo: se o líder do PT encaminhar uma determinada votação na Câmara, os líderes de PCdoB e Rede não têm direito a qualquer tipo de manifestação sobre o mesmo assunto. A regra dificulta a atuação da oposição e limita o chamado “kit-obstrução”, inclusive nas comissões temáticas.

Ainda segundo os especialistas, o atual funcionamento legislativo desses partidos federados, de forma autônoma para manter os seus privilégios regimentais, é visto como fraude à legislação eleitoral.

Até o momento, as siglas federadas ainda não registraram nas respectivas secretarias-gerais das mesas diretoras de Câmara e Senado esse novo instrumento.

Segundo apurou O Antagonista, houve apenas uma reunião na Câmara para discutir esse assunto, mas não houve avanços. Assim, como as mesas diretoras do Congresso não receberam dos partidos o pedido de formalização das federações, as siglas estão livres para atuar de forma independente no parlamento, embora a lei que estabeleça as federações obrigue deputados e senadores a trabalhar de forma conjunta.

Em resumo, mais uma vez os partidos rasgaram a legislação eleitoral.

Mundo

Escassez de médicos ameaçam saúde na Coreia do Sul

28.04.2024 17:10 3 minutos de leitura
Visualizar

EUA chegam a 900 prisões em atos pró-Palestina em universidades

Visualizar

Chile reduz jornada de trabalho para 40 horas

Visualizar

Jovem armado invade Quartel em Barras e é baleado

Visualizar

Criança com isqueiro causa incêndio em Juiz de Fora

Visualizar

Bon Jovi: legado e reinvenção da lenda do Rock

Visualizar

Tags relacionadas

federações partidárias Partido dos Trabalhadores (PT) PCdoB PSOL PV Rede TSE
< Notícia Anterior

CGU indica que 2,3 mil militares ocupam cargos no governo de forma irregular

11.07.2022 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

A encruzilhada do PSDB

11.07.2022 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

Suas redes

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Jovem armado invade Quartel em Barras e é baleado

Jovem armado invade Quartel em Barras e é baleado

28.04.2024 16:43 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Criança com isqueiro causa incêndio em Juiz de Fora

Criança com isqueiro causa incêndio em Juiz de Fora

28.04.2024 16:36 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Juízes ignoram Lei das Saidinhas e liberam presos sem exame criminológico

Juízes ignoram Lei das Saidinhas e liberam presos sem exame criminológico

28.04.2024 15:51 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Ilhabela investe em usina de dessalinização para garantir água

Ilhabela investe em usina de dessalinização para garantir água

28.04.2024 15:30 3 minutos de leitura
Visualizar notícia

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.