Escolas militares são mais cheias e têm aprendizagem menor, afirma pesquisa do MEC
A chamadas “escolas cívico-militares” – instituições de ensino com regras mais rígidas, normalmente sobre o comando de militares – estão hoje instaladas em 216 locais, em todos os estados da federação...
A chamadas “escolas cívico-militares” – instituições de ensino conhecida pelas regras de conduta mais rígidas e que normalmente estão sob o comando de militares – estão hoje instaladas em 216 locais, em todos os estados da federação. Apesar de contar com o apoio de pais e dos alunos, nem sempre a adoção do modelo de ensino se comprova em uma percepção de melhora nos seus índices.
As conclusões estão em um estudo do Ministério da Educação feito no mês passado, com base em uma pesquisa entre a comunidade de 50 escolas recentemente certificadas. O documento foi obtido via Lei de Acesso à Informação pela agência Fiquem Sabendo.
O relatório aponta que, em uma nota média que poderia variar de 0 (nota mínima) a 1 (máxima), mais escolas ficam abaixo da média geral do que acima, em 6 dos 17 indicadores analisados.
A maior parte indicou que as salas de suas escolas estão mais cheias do que deveriam, e que garantem menos acesso, permanência e aprendizagem de seus alunos.
Quando se analisa se houve aumento nos índices de aprovação da escola como consequência da aprendizagem, 31 escolas tiveram notas abaixo da média geral, enquanto 19 tiveram médias acima.
Quando se fala em gestão escolar (tema que em tese diferencia essas escolas de instituições comuns), 30 unidades pesquisadas tiveram nota abaixo da média geral de 0,424, enquanto 20 tiveram nota acima disto
A pesquisa, que ouviu quase 25 mil alunos, pais e funcionários, aponta um cenário de satisfação com o modelo. 74,8% dos ouvidos dizem que o nível de satisfação aumentou, e 72,5% dizem que passaram a se sentir mais respeitados após a conversão da escola para o modelo cívico-militar.
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