Ruy Goiaba na Crusoé: “Do rolê aleatório ao dadaísmo”
Em sua coluna na edição da Crusoé que foi ao ar nesta sexta-feira (24), Ruy Goiaba (foto) lista algumas manchetes do noticiário brasileiro da última semana e os compara com o movimento dadaísta, do século XX...
Em sua coluna na edição da Crusoé que foi ao ar nesta sexta-feira (24), Ruy Goiaba (foto) lista algumas manchetes do noticiário brasileiro da última semana e os compara com o movimento dadaísta, do século XX.
Leia um trecho:
“Gosto de incluir nos meus textos citações eruditas, porque sou um cara cultão e faço questão de que o mundo saiba disso. Portanto, nada melhor do que começar esta coluna com uma frase extraída dos grandes clássicos (no caso, o desenho do Pica-Pau): ’em todos esses anos nesta indústria vital’, nunca testemunhei um nível de dadaísmo igual ao do noticiário brasileiro nos últimos anos. Dadaísmo, infelizmente, não é o culto a Dadá Maravilha — o maior frasista do futebol brasileiro —, mas o movimento artístico daquela turminha cabeça que se reunia no Cabaret Voltaire, em Zurique, durante a Primeira Guerra Mundial.”
“Você, leitor cultão, certamente conhece a receita de Tristan Tzara, um dos líderes do movimento, para fazer um poema: pegue um jornal, recorte algumas palavras, jogue dentro de um saco, agite, tire um pedaço após o outro e copie as palavras na exata ordem em que elas saírem do saco. ‘O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.’ Muitas notícias no Brasil parecem ser fruto desse método dadaísta, com um gerador de manchetes aleatórias no lugar do saco do Tristan Tzara. Pior: não são os jornalistas que fazem isso — minha classe não costuma ter nem imaginação para inventar essas coisas. É Alguém, talvez com A maiúsculo, que está recortando a realidade e sacudindo com força.”
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