Milton Ribeiro, corrupção moral e material
Nos quase dois anos em que permaneceu à frente do Ministério da Educação, Milton Ribeiro colecionou polêmicas e mostrou seu despreparo, tanto intelectual quanto moral, para lidar com uma das áreas mais sensíveis do governo...
Nos quase dois anos em que permaneceu à frente do Ministério da Educação, Milton Ribeiro colecionou polêmicas e mostrou seu despreparo, tanto intelectual quanto moral, para lidar com uma das áreas mais sensíveis do governo.
Ele foi o ministro que defendeu “universidades para poucos” e atacou a política de inclusão de crianças especiais em salas de aula comuns. Ao justificar a criação de salas especiais, disse ser “impossível a convivência” com outros alunos com “grau de deficiência” elevado.
Na verdade, Ribeiro é quem sofre de elevado grau de preconceito, corroborado em outras declarações funestas, como a de que “o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo vêm de famílias desajustadas”.
Useiro e vezeiro do Kit Covid — combinação de azitromicina, com ivermectina e cloroquina –, o ex-ministro foi incapaz de criar soluções políticas e técnicas para reduzir o impacto negativo da pandemia na vida dos estudantes.
Como capacho ideológico de Jair Bolsonaro, ainda tentou inferferir no Enem, levando à demissão de 37 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do MEC responsável pela prova.
Também fez nomeações polêmicas na pasta, mandou produzir Bíblias com sua imagem para distribuição em eventos e, por fim, acabou pego traficando recursos da educação para prefeituras amigas.
A Polícia Federal pode até conseguir calcular o dinheiro desviado e a propina paga, mas não será fácil medir a extensão dos danos causados pela gestão bolsonarista na educação.
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