O Conselho de Ética da Câmara aceitou uma representação contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), após este ter criticado o presidente Arthur Lira (PP-AL), no Plenário da Casa. 13 dias após o Partido Liberal ter solicitado a abertura do caso, o Conselho de Ética determinou o sorteio da relatoria entre três deputados do Republicanos.

O embate entre ambos ocorreu no final de maio: após questionar se Lira “não tinha vergonha” por sugerir que o governo abrisse mão do controle majoritário da Petrobras, o presidente cortou seu microfone- segundo Lira, ele não seria líder para falar àquela altura.

Após Braga chamá-lo de “ditador”, Lira disse que o deputado faltou com respeito à Casa e que tomaria “medidas mais duras para retirá-lo do Plenário.”

Outros casos no Conselho de Ética demoraram mais tempo para serem aceitos depois de apresentados: a representação contra Josimar Maranhãozinho (PL-MA) levou 28 dias para ser aceita; a questão contra Bia Kicis (PL-DF), pedida pelo PT, levou mais de dois meses; e o caso contra o deputado Heitor Freire (União-CE) levou cerca de sete semanas. 

Na briga entre Lira e Glauber, o PSOL também entrou com representação semelhante contra o presidente da Casa no Conselho de Ética – mas a questão não chegou a ser nem enumerada, e segue estacionada. A decisão de encaminhar o pedido cabe à Mesa Diretora comandada por Lira.