“Os cubanos entenderam que Che teria mais serventia morto do que vivo”
Aos 29 anos, o capitão Gary Prado Salmón comandou a operação que capturou o argentino Ernesto Che Guevara, ícone esquerdista, perto do vilarejo de La Higuera, na Bolívia, em 8 de outubro de 1967, lembra a Crusoé...
Aos 29 anos, o capitão Gary Prado Salmón comandou a operação que capturou o argentino Ernesto Che Guevara, ícone esquerdista, perto do vilarejo de La Higuera, na Bolívia, em 8 de outubro de 1967, lembra a Crusoé.
No começo desta semana, ele esteve na Feira Internacional do Livro daquela cidade, para lançar a quinta edição de sua obra A Guerrilha Imolada, que inclui atualizações sobre as razões que empurraram Che para o interior da Bolívia. Em entrevista à Crusoé, ele afirmou que o argentino “não tinha nada de heroico” e que “os cubanos entenderam que Che teria mais serventia morto do que vivo”.
“Agora ficou mais claro que Che Guevara foi enviado para fazer uma revolução no Congo, na África, porque não o aguentavam mais em Cuba. […] Depois que saiu do Congo, Che foi para a Tanzânia e para Praga, na então Tchecoslováquia. Ele fez esse giro todo porque não podia voltar para Cuba. Depois de muito insistir, ele conseguiu que Fidel o aceitasse. Mas voltou clandestinamente, com outra identidade. Então, mandaram ele para a Bolívia, com uma equipe de profissionais cubanos. Mas os cubanos sabiam que o grupo não teria chances de sucesso na Bolívia. […] Eles o deixaram totalmente abandonado. Em resumo, Che foi sacrificado. […] Os cubanos entenderam que Che teria mais serventia morto do que vivo.”
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