China e o verdadeiro lockdown ditatorial
Vitrine da Covid Zero, Xangai está em quarentena desde o final de março e não tem nada de bonito para mostrar, diz o escritor Jerônimo Teixeira, em artigo na Crusoé. A ditadura de Xi Jinping tenta vender a ideia de que o regime está mais equipado do que...
Vitrine da Covid Zero, Xangai está em quarentena desde o final de março e não tem nada de bonito para mostrar, diz o escritor Jerônimo Teixeira, em artigo na Crusoé.
A ditadura de Xi Jinping tenta vender a ideia de que o regime está mais equipado do que as democracias para vencer a crise sanitária: “Não está, como demonstra o sofrimento dos cidadãos de Xangai (…).
Nas zonas residenciais isoladas pelas cercas verdes, há relatos de privação e fome. Hospitais superlotados recusam pacientes que não estão com Covid. Nos prédios temporariamente confiscados para abrigar doentes – que incluem edifícios residenciais esvaziados à força, grandes prédios comerciais e até centros de convenções –, é tudo improvisado. Uma reportagem do The New York Times coletou relatos tétricos dos internados. A lista de precariedades é inesgotável: atendimento médico insuficiente, comida rala, superlotação que impede qualquer privacidade, condições de higiene ruins, lixo acumulado próximo às camas. Uma jovem contou que evita beber água, para não ter de usar os banheiros químicos imundos e fedorentos do centro de convenções onde ela foi compulsoriamente internada.”
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