Ciro Nogueira direciona emenda para comprar caminhão de lixo de amiga
Ciro Nogueira (PP) destinou uma emenda no valor de R$ 240 mil para a compra de um caminhão de lixo fornecido pela empresa de uma amiga que frequenta o seu gabinete, diz o Estadão. Trata-se do Grupo Mônaco Diesel Caminhões, Ônibus e Tratatores Ltda, de propriedade de Carla Morgana Denardin...
Ciro Nogueira (PP) destinou uma emenda no valor de R$ 240 mil para a compra de um caminhão de lixo fornecido pela empresa de uma amiga que frequenta o seu gabinete, diz o Estadão. Trata-se do Grupo Mônaco Diesel Caminhões, Ônibus e Tratatores Ltda, de propriedade de Carla Morgana Denardin.
Segundo a reportagem, da liberação da verba até a aquisição do veículo, todas as etapas passaram pelas mãos de aliados do ministro da Casa Civil. Entre os envolvidos estão: Inaldo Guerra, apadrinhado de Nogueira e superintendente Codevasf do Piauí, estatal que realizou o pregão — Guerra foi responsável pela ratificação do resultado da licitação; Carmen Gean (Progressistas), prefeita de Brasileira (PI), cidade para a qual foi o caminhão foi destinado; e Denardin, proprietária da empresa vencedora do certame.
A emenda de Ciro Nogueira (foto) foi destinada para a aquisição de um caminhão compactor de lixo para o município, que possui cerca 8 mil habitantes. Especialistas, no entanto, afirmam que o equipamento não é recomendado para cidades com menos de 17 mil habitantes por causa do preço.
De acordo com o jornal, o Grupo Mônaco Diesel Caminhões, Ônibus e Tratores Ltda ampliou a venda de veículos compactadores de lixo para o Planalto justamente após a aproximação entre Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro. Desde então, a empresa conseguiu um contrato no valor de R$ 11,9 milhões com a Codevasf do Piauí, reduto eleitoral do ministro.
Uma reportagem publicada pelo Estadão neste fim de semana mostrou que o investimento federal com coleta de lixo virou foco de despesas milionárias crescentes e desproporcionais nos últimos anos. A compra e distribuição de caminhões de lixo para pequenas cidades saltaram de 85 para 488 veículos de 2019 para 2021. Após a reportagem, o caso passou a ser chamado de “bolsolão do lixo” nas redes.
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