Navalny será transferido para colônia penal conhecida por casos de tortura
A porta-voz de Alexei Navalny, Kira Iarmych, publicou nas redes sociais nesta quarta-feira (4) uma série de informações sobre a colônia penal da cidade de Melekhovo, chamada IK-6, local para onde o opositor de Vladimir Putin será transferido, por ordem do presidente russo. Navalny (foto) deixará a colônia penal de Pokrov, a IK-2, onde está desde março...
A porta-voz de Alexei Navalny, Kira Iarmych, publicou nas redes sociais nesta quarta-feira (4) uma série de informações sobre a colônia penal da cidade de Melekhovo, chamada IK-6, local para onde o opositor de Vladimir Putin será transferido, por ordem do presidente russo. Navalny (foto) deixará a colônia penal de Pokrov, a IK-2, onde está desde março.
Kira Iarmych mencionou relatos de violência na colônia e o assassinato do prisioneiro Gor Ovakimyan, em 2018, após muitos dias de tortura. Também citou que a administração do local escondeu sua morte de seus parentes por quase uma semana. Quando a família encontrou o corpo de Ovakimian no necrotério, eles viram marcas de armas de choque, dedos das mãos e pés quebrados e hematomas por todo o corpo. Antes, o prisioneiro havia dito a parentes que estava sendo torturado e espancado por se recusar a cooperar com o governo russo.
O atestado de óbito mencionava a causa da morte como pneumonia. No ano passado, o site “Mediazona” publicou uma carta de Ivan Fomin, um prisioneiro que cooperou com a administração da colônia. Ele relatou como ele e outros pessoas no local espancaram Ovakimyan. O próprio Ivan Fomin foi agredido e ameaçado de estupro, caso não cooperasse com a administração. Outros presos também foram espancados e estuprados na frente dele.
Na sequência de publicações, a porta-voz de Navalny também cita a morte do preso Ayub Tuntuyev, em 2019, que foi vítima de tortura. A administração da colônia, no entanto, afirmou que ele cometeu suicídio. Pavel Zotov, outro detento do IK-6, contou como cinco “ativistas” vestidos com uniformes policiais exigiram que ele assinasse alguns documentos. Eles o espancaram e ameaçaram estuprá-lo. Em seguida, ele concordou em assinar.
Jobir Zhuraev, outro detento do IK-6, disse que foi forçado a ficar no frio de cueca, não lhe deram comida e e foi espancado e humilhado. Ele cortou os pulsos e tentou se enforcar.
No fim das publicações, Kira Iarmych afirma que as condições lá já são piores do que em outras prisões, pois não há lei.
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