Sérgio Cabral: um ladrão de outra dimensão
Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016, mas teve um 2017 agitadíssimo...
Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016, mas teve um 2017 agitadíssimo.
Em fevereiro, ao lado da mulher e cúmplice, Adriana Ancelmo, e mais 14 pessoas, foi indiciado pela PF no âmbito da Operação Calicute por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Poucos dias depois, foi denunciado por 184 (!!!) ocorrências de lavagem de dinheiro. Em março, pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Cabral é réu 15 vezes pela Lava Jato, acusado de receber propina em obras, contratos de prestação de serviços, preparativos para Olimpíada etc. Cara de pau, ele nega o assalto aos cofres públicos e admite apenas caixa 2.
Em um dos depoimentos, o ex-governador bateu boca com o juiz Marcelo Bretas, que julga os casos da Lava Jato no Rio, e tentou intimidar o magistrado. A PF descobriu ainda que, de dentro da cadeia, ele ordenava a produção de dossiês contra Bretas.
Acostumado ao luxo propiciado pelos já famosos “5%” — a taxa de propina que ele cobrava das empresas que prestavam serviço para o governo fluminense –, Cabral teve dificuldades para, digamos, adequar-se à cadeia de Benfica.
Mexeu os pauzinhos e conseguiu montar um “cineminha” no presídio, com direito a home theater, telão e diversos filmes. Um pastor admitiu que assinou a “doação” convencido por Cabral. O Ministério Público investiga o caso. Ele também contrabandeou comida para a sua cela. Camarões, inclusive.
Sérgio Cabral acumulou quatro condenações em 2017, uma proferida por Sérgio Moro e três por Bretas (aqui e aqui), num total de 87 anos de reclusão. Outras certamente virão.
Assim mesmo, faz planos para o futuro: ele prestou o Enem, foi aprovado em um curso a distância de Teologia , juntamente com Adriana Ancelmo. Também quer cursar História. Menos por sede de espiritualidade e conhecimento e mais para diminuir as suas penas. No momento, Adriana está menos preocupada com a sua formação, porque foi libertada por Gilmar Mendes, para “cuidar dos filhos menores”.
No final do ano, o principal operador do esquema disse que movimentou 500 milhões de reais em propinas para a quadrilha de Cabral.
O ex-governador do Rio redimensionou a definição de “ladrão”.
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