‘Fim da pandemia’: “Minha preocupação é para que não seja escolha política”
Nelson Teich (foto), que teve uma rápida passagem pelo Ministério da Saúde, afirmou nesta segunda-feira (18) a O Antagonista que decretar o fim da emergência sanitária da Covid neste momento "não é um absurdo", mas o governo deveria deixar mais claro que não se trata de uma "volta à normalidade"....
Nelson Teich (foto), que teve uma rápida passagem pelo Ministério da Saúde, afirmou nesta segunda-feira (18) a O Antagonista que decretar o fim da emergência sanitária da Covid neste momento “não é um absurdo”, mas o governo deveria deixar mais claro que não se trata de uma “volta à normalidade”.
No domingo (17), como publicamos, Marcelo Queiroga, o atual titular da Saúde, anunciou que irá publicar nos próximos dias ato normativo pondo fim à emergência sanitária da Covid.
Para Teich, esse anúncio deveria ser feito ao lado de representantes dos Conselhos das Secretarias estaduais e municipais de Saúde. No entender dele, “reduziria bastante o risco de uma interpretação política” da decisão.
“Eu teria o pessoal do Conass e do Conasems ao lado durante o anúncio. Seria mais elegante, mostrando uma colaboração que é fundamental na pandemia.”
Teich também afirmou que tentaria “deixar mais claro porque está fazendo isso”.
“Os critérios de saída e de entrada da situação de emergência precisam ficar bem mais claros. Será importante manter uma comunicação importante com a sociedade, sobre evolução de variantes, a situação da pandemia no mundo, o acompanhamento das pessoas após um certo período da última dose, porque a gente sabe que a imunidade vai diminuindo.”
Teich insistiu:
“Você sair da situação de emergência não significa que voltou à normalidade. Neste instante, a comunicação com a sociedade teria de ser mais intensa. Estamos, talvez, no melhor momento desde o início da pandemia. Há um certo otimismo. Os números estão diminuindo, a vacinação avançou. Então, eu não vejo como uma coisa absurda anunciar o fim da situação de emergência. Isso pode ser feito, desde que haja o controle adequado e que fique claro que é uma fase de transição. A qualidade na condução desse processo é o que mais vai fazer a diferença. Minha preocupação é para que não seja uma escolha política.”
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