Em discurso durante evento com representantes de centrais sindicais em São Paulo, Lula repetiu, há pouco, o tom do seu discurso batido de “nós contra eles”.

O ex-presidente relembrou sua prisão pela Lava Jato, falou que tentaram “destruir o PT” e acrescentou que “eles perceberam agora que nós existimos independente da vontade deles”.

Com a voz rouca e falhando (ele precisou pedir água para continuar o discurso), Lula disse que “é preciso sentar e conversar não apenas com sindicalistas, mas com todos os setores da sociedade, para construir um programa de reconstrução deste país”.

O petista também defendeu sua aliança com o ex-adversário Geraldo Alckmin.

“É plenamente possível o Lula e o Alckmin fazerem uma chapa para reconquistar os direitos do povo trabalhador deste país.”

Lula criticou a reforma sindical feita no governo Temer, defendeu uma reforma tributária e voltou a criticar o Centrão e o orçamento secreto.

Ele pediu aos militantes que elejam deputados federais progressistas. Caso contrário, “a gente vai chorar e o Centrão vai continuar fazendo o orçamento secreto, vai continuar fazendo com que o dinheiro seja revertido para quem menos precisa, e não para quem mais precisa”.

Lula afirmou, ainda, que “o país não merece passar o que está passando”.

“Possivelmente, nós não lutamos como deveríamos lutar para não permitir que acontecesse o que aconteceu no Brasil.”

Controlando a tosse, o ex-presidente também disse que, “toda vez que neste querido país e em qualquer país na América Latina aparece um governo progressista, aparece alguém propondo fazer um golpe, aparece alguém para tentar destruir as políticas de avanços sociais”.

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