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Inflação: o mundo retroagiu meio século 

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3 minutos de leitura 08.04.2022 16:49 comentários
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Inflação: o mundo retroagiu meio século 

Hoje pela manhã, antes da abertura dos mercados, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março: 1,62%. A média de projeção dos analistas era de 1,35%. Nos últimos 12 meses, o número foi de 11,30%...

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Inflação: o mundo retroagiu meio século 
Foto: Pixabay

Hoje pela manhã, antes da abertura dos mercados, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março: 1,62%. A média de projeção dos analistas era de 1,35%. Nos últimos 12 meses, o número foi de 11,30%. 

Tal nível não acontecia desde o primeiro semestre do governo Lula, quando os agentes econômicos, desconfiados, ainda procuravam se defender das consequências de um governo “socialista”, reajustando defensivamente seus preços. 

Naquela ocasião, mais precisamente em maio de 2003, o IPCA de 12 meses batera 17,24%. Depois, ao longo de muitos anos, se estabilizou entre dois e seis por cento.  

 A diferença do que está acontecendo agora é que a inflação é mundial. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os alimentos em geral atingiram preços recordes e não dão sinal de queda. O mesmo acontece com as commodities em geral, que nos últimos tempos subiram 40%. 

Na Comunidade Europeia, o PPI (sigla em inglês para Índice de Preços dos Produtores) anual bateu inacreditáveis 31,6%. 

Em março, o CPI (inflação dos consumidores) elevou-se a 7,5% nos 19 países que compõem a Zona do Euro. Esse número é recorde desde a criação da moeda comum europeia. 

Em termos de inflação, o mundo retroagiu meio século. 

A última vez que esse fenômeno aconteceu foi nos anos 1970, após a guerra do Yom Kippur (outubro de 1973) e o consequente 1º choque do petróleo. 

Na época, a única maneira de domar o dragão foi elevando fortemente as taxas de juros, trazendo como consequência recessão mundial. 

Nem todas as crises inflacionárias são iguais. Portanto, os remédios também podem variar. Ainda mais porque temos três complicadores: renitência da Covid; guerra da Ucrânia; carência de grandes líderes mundiais. 

O único consolo que resta aos brasileiros, se podemos chamar isso de consolo, é que desta vez não estamos no barco sozinhos, como aconteceu tantas vezes. 

Ivan Sant’Anna, escritor, trader e colunista na Inv Publicações.

Nota: A alta da inflação é um fenômeno mundial e, naturalmente, afeta as Bolsas. É um momento de complexidade mas, também, de oportunidades. E você precisa estar preparado para aproveitá-las. Nícolas Merola, analista financeiro certificado (CNPI) na casa independente de análise financeira Inv, desenvolveu uma estratégia eficaz e simples de ser aplicada, que vem trazendo ganhos consistentes para quem a segue… Ela se chama Top Trades. Se você quer entrar para o time dos investidores que buscam operações rentáveis, seguindo essa “estratégia vencedora”, clique aqui e saiba mais

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