O empresário Leonardo Camillo Curioni é um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga gestão fraudulenta envolvendo a área de consórcios do Banco do Brasil. Como O Antagonista revelou mais cedo, outro investigado é o ex-presidente da BB Consórcios Paulo Ivan Rabelo, que ficou no cargo até fevereiro.

Segundo os investigadores, o objetivo das buscas é comprovar também suspeitas de organização criminosa e lavagem de dinheiro. O esquema teria desviado pelo menos R$ 100 milhões, mas o rombo pode ser o dobro do valor.

Curioni foi CEO da Sices, empresa que liderou o mercado de distribuição de equipamentos fotovoltáicos e firmou parceria com o BB para o fornecimento de consórcios para aquisição de painéis solares.

Há dois anos, o empresário foi alvo de denúncia anônima no Ministério Público de SP e acabou afastado do comando da companhia, por decisão da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem.

A Sices entrou em recuperação judicial, alegando prejuízos com a pandemia. Paralelamente, o BB abriu uma auditoria interna que confirmou as fraudes envolvendo a atuação de Curioni.

O pedido de recuperação judicial da Sices apontou dívidas de R$ 600 milhões. Além do Banco do Brasil, estão entre os credores Bradesco, Santander, Fibra, Safra, Citi, Daycoval, Itaú Unibanco, Canadian Solar e Sungrow.