O pré-sal bolsonarista
A confirmação ontem do nome de Rodolfo Landim para presidir o conselho administrativo da Petrobras deixou a militância bolsonarista confusa e irritou a ala militar, humilhada também com a fritura pública do general Joaquim Luna e Silva, substituído por Adriano Pires...
A confirmação ontem do nome de Rodolfo Landim para presidir o conselho administrativo da Petrobras deixou a militância bolsonarista confusa e irritou a ala militar, humilhada também com a fritura pública do general Joaquim Luna e Silva, substituído por Adriano Pires.
Antes de presidir o Flamengo e se aproximar de Jair Bolsonaro, Fábio Faria, Ciro Nogueira e Arthur Lira, Landim foi bastante próximo de Dilma Rousseff, que conheceu quando a petista ocupava justamente a presidência do mesmo conselho da petroleira.
Engenheiro de formação e ex-servidor de carreira da Petrobras, o empresário comandou a BR Distribuidora no primeiro governo Lula e, depois, se associou ao encantador Eike Batista, que chegou a ser classificado pela petista como “padrão” de empreendedor e “orgulho” para o Brasil.
Na Lava Jato, seu nome foi lembrado pelo ex-diretor de Serviços Renato Duque. Em colaboração espontânea ao MPF (leia abaixo), ele contou que recomendou a Graça Foster que não investigasse uma suspeita de propina na construção de um prédio da BR Distribuidora, porque “iria feder”.
E citou como envolvidos no negócio Landim e Nelson Guitti, que depois virariam sócios na empresa Mare Investimentos, denunciada na Operação Greenfield por causar prejuízo de R$ 100 milhões ao fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras.
Importante lembrar que Duque era o homem do PT na tríade do petrolão, internamente comandada por Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Nestor Cerveró (Internacional), respectivamente, nomes do Progressistas e do MDB.
Em depoimento a Moro, Duque disse que se reuniu com Lula três vezes após a deflagração da Lava Jato para tratar do contrato multibilionário das sondas da Sete Brasil e das contas no exterior.
O petista, em sua versão, admitiu o encontro secreto num hangar em Congonhas, negou a versão sobre a propina e alegou que se reuniu com o ex-diretor da Petrobras para “apurar” denúncias de corrupção envolvendo a companhia.
Não sou bolsonarista nem militar, mas também estou confuso e irritado.
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