Fundador do Telegram alega problema no e-mail e pede a Moraes que adie bloqueio
Pavel Durov (foto) sentiu. Horas depois da decisão de Alexandre de Moraes de bloquear o aplicativo no Brasil, o fundador do Telegram resolveu se manifestar pela primeira vez. Na própria plataforma, ele alegou "um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos" e pediu desculpas pela falta de resposta às tentativas de contato do STF...
Pavel Durov (foto) sentiu. Horas depois da decisão de Alexandre de Moraes de bloquear o aplicativo no Brasil, o fundador do Telegram resolveu se manifestar pela primeira vez. Na própria plataforma, ele alegou “um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos” e pediu desculpas pela falta de resposta às tentativas de contato do STF.
“Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor.”
Durov lembrou que a plataforma cumpriu decisão judicial anterior, no final de fevereiro, e que disponibilizou um e-mail exclusivo para as comunicações do Supremo.
“Nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco. Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já a encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal.”
O empresário pediu a Moraes que adie a decisão de bloquear o App.
“Como dezenas de milhões de brasileiros contam com o Telegram para se comunicar com familiares, amigos e colegas, peço ao Tribunal que considere adiar sua decisão por alguns dias, a seu critério, para nos permitir remediar a situação nomeando um representante no Brasil e estabelecendo uma estrutura para reagir a futuras questões urgentes como esta de maneira acelerada.”
Ele encerra dizendo que as últimas 3 semanas “foram inéditas para o mundo e para o Telegram”, em referência à guerra na Ucrânia. “Nossa equipe de moderação de conteúdo foi inundada com solicitações de várias partes. No entanto, estou certo de que, uma vez estabelecido um canal de comunicação confiável, poderemos processar com eficiência as solicitações de remoção de canais públicos que são ilegais no Brasil.”
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