Novo presidente do PTB não garante palanques a Bolsonaro: “Vamos discutir estado a estado”
O novo presidente nacional do PTB, o deputado estadual do Rio de Janeiro Marcus Vinicius Neskau, afirmou em entrevista a O Antagonista que vai discutir estado a estado a formação de palanques regionais a Jair Bolsonaro, candidato à reeleição...
O novo presidente nacional do PTB, o deputado estadual do Rio de Janeiro Marcus Vinicius Neskau, afirmou em entrevista a O Antagonista que vai discutir estado a estado a formação de palanques regionais a Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.
Neskau assumiu o partido em meio a uma guerra interna entre o grupo de Roberto Jefferson e o da então presidente Graciela Nienov. Graciela, como revelou a revista Crusoé, teria tentado vender o partido por R$ 30 milhões a Valdemar Costa Neto.
Filiado há mais de 25 anos no partido, Neskau foi eleito por unanimidade, em fevereiro, em convenção, quando 172 filiados do PTB, ou seja, 78% da sigla, estiveram presentes.
Segundo Neskau, Roberto Jefferson, nesta nova fase, será um “conselheiro informal, mas sem interferir nas decisões do partido”.
Nos últimos meses, Jefferson tentou aproximar o partido do presidente Jair Bolsonaro, em um movimento semelhante ao feito por Valdemar Costa Neto. Até o momento, a sigla do ex-mensaleiro fracassou em todas as tentativas de filiação, perdendo para o PL personalidades como o cantor Netinho, na Bahia, e o jogador de Vôlei, Maurício Souza.
Sobre a aproximação com Bolsonaro, Neskau foi pragmático e ressaltou que os palanques serão discutidos estado a estado:
“Minha ideia é aguardar o fim da janela partidária para discutir estado a estado o apoio ao governo Jair Bolsonaro”, afirmou.
Leia os principais trechos da entrevista:
Presidente, o senhor chega ao PTB em uma situação conflagrada. Como o senhor vai conseguir reunificar o partido?
O partido está unificado, tanto que o resultado da eleição da nova Executiva Nacional foi de 188 votos favoráveis à nossa chapa contra 32 favoráveis ao grupo da ex-presidente registrados em apenas três estados.
E os acertos feitos por Roberto Jefferson e Graciela Nienov sobre candidaturas nos estados? Eles serão cumpridos?
Todos os acordos feitos em prol do PTB serão mantidos. Todos os acordos feitos pela ex-presidente que não forem favoráveis ao partido não serão mantidos.
Qual será a participação de Jefferson na sua gestão? Ele será conselheiro informal? Ou não?
Enquanto estiver suspenso de suas funções partidárias, sim, o presidente de honra, Roberto Jefferson, será um conselheiro informal, mas sem interferir nas decisões do partido.
E sobre o governo Jair Bolsonaro? O PTB vai continuar no processo de aproximação com o presidente da República, dando suporte a palanques nos estados?
Minha ideia é aguardar o fim da janela partidária para discutir estado a estado o apoio ao governo Jair Bolsonaro. Entendo que o PTB precisa sair fortalecido das próximas eleições.
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