PP rompe com o PT na Bahia, entrega cargos e abre espaço para aliança com ACM Neto
A cúpula do PP na Bahia decidiu entregar os principais cargos ao governador Rui Costa e romper a aliança de 14 anos com o PT no estado. Agora, o partido pode apoiar eleição de ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo palácio Rio Branco...
A cúpula do PP na Bahia decidiu entregar os principais cargos ao governador Rui Costa e romper a aliança de 14 anos com o PT no estado. Agora, o partido pode apoiar eleição de ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo palácio Rio Branco.
O atual vice-governador, João Leão, comunicou a decisão há pouco ao governador Rui Costa. Entregaram as funções o próprio vice, que era secretário de Planejamento; Nelson Leal, então secretário de Desenvolvimento Econômico e Leonardo Prates, secretário de Saúde.
A decisão foi tomada após várias reuniões realizadas na semana passada entre os integrantes das executivas nacional e estadual do PP.
Uma delas foi realizada em Brasília e contou com a participação do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado do PP, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL),
Segundo apurou O Antagonista, a cúpula do partido ficou incomodada pelo fato de o PT ter quebrado vários acordos em relação à sucessão de Rui Costa na Bahia.
No início do ano, o PT indicou que o senador Jaques Wagner seria candidato ao governo estadual e Rui Costa estaria de fora da disputa. Depois, após intervenção de Lula, Wagner desistiu de sua candidatura em nome de Otto Alencar (PSD-BA). Em nenhuma das conversas, João Leão foi chamado para se manifestar sobre as articulações petistas.
A gota d´água, segundo integrantes do partido, foi quando Wagner anunciou, em uma entrevista de rádio, que o PT iria lançar o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, ao governo do estado, sem consultar João Leão. Leão soube da decisão do partido pela imprensa.
“O Partido Progressistas irá avaliar os próximos passos com vistas as eleições deste ano”, disse a O Antagonista o presidente nacional do partido, Cláudio Cajado.
“Além de considerar inaceitável a quebra do acordo, a indelicada comunicação da decisão pela imprensa causou uma imensa decepção e a constatação de que o PP não era mais desejado e não tinha espaço na aliança que nos trouxe até aqui”, afirmou o partido há pouco por meio de nota oficial.
Assim, o PP decidiu deixar a base do PT na Bahia e agora a expectativa é que o partido lance Leão ao Senado, em uma aliança com a União Brasil.
Essa chapa praticamente anula as chances do ministro da Cidadania, João Roma, no estado. Como mostramos ontem, Roma tem dito a auxiliares que pode abandonar a disputa pela falta de apoio do governo federal.
Leia o comunicado do vice-governador da Bahia:
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