Em mensagem a caminhoneiro, Tarcísio diz achar greve correta
Em uma conversa por WhatsApp com Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Tarcísio de Freitas disse achar "muito correto" que a categoria pare de carregar para forçar embarcadores e transportadores a repassar para seus fretes o custo do aumento do diesel —em bom português: que faça greve...
Em uma conversa por WhatsApp com Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Tarcísio de Freitas disse achar “muito correto” que a categoria pare de carregar para forçar embarcadores e transportadores a repassar para seus fretes o custo do aumento do diesel —em bom português: que faça greve.
O diálogo entre o ministro da Infraestrutura, pré-candidato de Jair Bolsonaro ao governo de São Paulo, e o líder caminhoneiro foi publicado nesta sexta-feira (11) pelo Painel da Folha.
Dedeco disse ao jornal paulistano que entrou em contato com Tarcísio porque leu uma reportagem em que ele dizia não ver risco de greve de caminhoneiros. “Quero dizer que ele está por fora. Ele não tem um pingo de ciência do que está acontecendo nos bastidores. Daqui para segunda-feira, ele vai ver muita coisa acontecendo.”
No diálogo por WhatsApp, o caminhoneiro disse que a política de preços praticada pela Petrobras vai atingir os mais pobres, que o governo Bolsonaro só repassa responsabilidades e que a categoria vai parar se nada for feito.
“Estou vendo caminhoneiros parando de carregar para forçar seus embarcadores e transportadores a repassar para os fretes o custo do aumento de diesel. Acho isso muito correto. No fim do ano passado, no MT, um grupo fez isso e deixou de carregar para as tradings. Conseguiram melhores fretes”, respondeu o ministro.
Neste sábado (12), o Ministério da Infraestrutura voltou a se manifestar sobre o caso, mas por nota oficial:
“O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, mantém canal aberto com a categoria e já defendeu abertamente, inúmeras vezes, que as principais questões que afetam o setor hoje são correlatas ao próprio mercado. Neste sentido, cabe aos próprios trabalhadores dialogar entre si para buscar as melhores soluções. Em nenhum momento o ministro apoiou uma greve.”
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