Desde 22 de fevereiro, dois dias antes da invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin (foto), a Rússia tornou-se alvo de 2.778 novas sanções coordenadas pelos EUA e seus aliados europeus, elevando para mais de 5.530 o número de punições de que o país é alvo, informa a agência Bloomberg.

Os dados são do Castellum.AI, um banco de dados global de rastreamento de sanções. Com isso, os russos superaram o Irã, que enfrentou 3.616 sanções ao longo de uma década —a maioria delas, em razão de seu programa nuclear e seu apoio ao terrorismo.

“Esta é uma guerra nuclear financeira e o maior evento de sanções da história”, disse Peter Piatetsky, ex-funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA e um dos fundadores do banco de dados. “A Rússia deixou de fazer parte da economia global para se tornar o maior alvo de sanções globais e um pária financeiro em menos de duas semanas.”

Depois da Rússia e do Irã, a lista de países que receberam mais sanções no mundo inclui Síria, Coreia do Norte, Venezuela, Mianmar e Cuba.

A pressão sobre o regime de Vladimir Putin aumenta quase diariamente. No fim de semana, a American Express e a Netflix aumentaram a lista crescente de empresas que se retiraram do país ou suspenderam suas operações na Rússia.

Nesta terça (8), como publicamos, o McDonald’s aderiu à suspensão de operações. Mais cedo, Joe Biden proibiu a importação de petróleo russo pelos EUA.