Sem “retomada vigorosa”, não há favoritismo de centro
O Antagonista destaca o trecho final do editorial da Folha sobre a pesquisa do Datafolha: "O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje aparece como segundo colocado na corrida, alcança seus melhores índices justamente em estratos do eleitorado que foram mais...
O Antagonista destaca o trecho final do editorial da Folha sobre a pesquisa do Datafolha:
“O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje aparece como segundo colocado na corrida, alcança seus melhores índices justamente em estratos do eleitorado que foram mais atingidos pela recessão, como os jovens de 16 a 24 anos. Nos cenários em que Lula está fora da disputa, Bolsonaro soma 33% das intenções de voto nessa faixa.
Parece provável que a recuperação da economia no próximo ano dê impulso a candidaturas de perfil mais moderado. Mas não há sinais, ao menos até agora, de uma retomada vigorosa a ponto de conferir favoritismo a uma chapa que ocupe o centro do espectro político e se distancie do discurso populista favorecido até agora.
Como indicam as dificuldades enfrentadas pelo governo para convencer seus aliados no Congresso a aprovar a reforma da Previdência Social, será complexo apresentar ao eleitorado uma plataforma de ajustes orçamentários.
Mas a incerteza sobre a economia – que tende a crescer se o desequilíbrio nas contas públicas não for corrigido – também alimentará pressões para que os candidatos se afastem do caminho fácil da demagogia e ofereçam alternativas que inspirem confiança em empresários e consumidores.”
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