PGR pede para Planalto esclarecer ida de Carlos Bolsonaro à Rússia, mas não vê crime
A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo enviou ao Supremo Tribunal Federal um parecer dizendo que não identificou indícios de crimes na ida Carlos Bolsonaro (foto) e Tércio Arnaud na viagem presidencial à Rússia, mas solicitou que seja enviado um ofício ao Palácio do Planalto para que o governo preste informações sobre o assunto "se entender pertinente"...
A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo enviou ao Supremo Tribunal Federal um parecer dizendo que não identificou indícios de crimes na ida Carlos Bolsonaro (foto) e Tércio Arnaud na viagem presidencial à Rússia, mas solicitou que seja enviado um ofício ao Palácio do Planalto para que o governo preste informações sobre o assunto “se entender pertinente”.
Segundo Lindôra, os apontamentos, em uma análise preliminar, afiguram-se como suposições que, a princípio, não angariam plausibilidade jurídica.
“Ressalte-se, que as críticas e opiniões pessoais do Senador serão bem-vindas na tribuna ou como matéria midiática, mas não como representação criminal. O escopo de melhor esclarecimento da situação jurídica reportada na aludida petição, cumpre seja oficiada à
Presidência da República para a prestação das informações que reputar cabíveis, resguardando-se, desde logo, quaisquer informações sigilosas entre Estados soberanos”, disse.
A manifestação se deu em pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que seja investigada a participação de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na comitiva presidencial que esteve na Rússia semana passada.
Além disso, o parlamentar também quer que seja investigada a atuação do assessor presidencial Tércio Arnaud, integrante do chamado “gabinete do ódio” do Palácio do Planalto. A suspeita do parlamentar é que os dois foram obter informações sobre o aplicativo Telegram.
O pedido foi protocolado no mesmo inquérito que apura a realização de atos com pautas antidemocráticas no país. Na ação, Randolfe cogita que a visita de Bolsonaro ao Kremlin (sede do governo russo) possa representar um risco às eleições presidenciais deste ano.
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