O novo velho sonho de Renan O novo velho sonho de Renan
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O novo velho sonho de Renan

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Diego Amorim
3 minutos de leitura 23.02.2022 12:20 comentários
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O novo velho sonho de Renan

Senadores já detectaram -- não é muito difícil, convenhamos -- o que seriam os inícios de um movimento de Renan Calheiros (MDB) para tentar retomar o comando do Congresso Nacional. Renan está no meio de seu quarto mandato e, este ano, pretende ajudar a eleger seu filho, o governador Renan Filho (MDB), senador da República...

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O novo velho sonho de Renan
Foto: Adriano Machado/Crusoé

Senadores já detectaram — não é muito difícil, convenhamos — o que seriam os inícios de um movimento de Renan Calheiros (MDB) para tentar retomar o comando do Congresso Nacional.

Renan está no meio de seu quarto mandato e, este ano, pretende ajudar a eleger seu filho, o governador Renan Filho (MDB), senador da República.

“Já imaginou dois ‘Renans’ no Senado?”, brincou um parlamentar.

No ano que vem, com o início de uma nova legislatura, Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Senado — e, por consequência, do Congresso –, deverá tentar a reeleição, para ficar mais dois anos no cargo. E, em sendo assim, poderá esbarrar nos novos velhos planos de Renan.

“O Renan [o pai] nunca desistiu nem vai desistir de voltar ao poder”, disse, em reservado, um senador que está finalizando seu terceiro mandato.

Renan Calheiros (foto) já presidiu o Senado de fevereiro de 2005 a outubro de 2007, quando renunciou depois da revelação de que a empresa Mendes Júnior pagava uma espécie de mesada à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador alagoano tivera um caso amoroso. Mais adiante, Renan voltou ao topo do Congresso, de 2013 a 2017 — neste último ano, chegou a ser afastado do cargo por uma liminar do então ministro do STF Marco Aurélio Mello por ser réu na linha sucessória do presidente da República, mas o plenário derrubou a decisão dois dias depois.

No primeiro ano do governo Bolsonaro, em 2019, depois de negar a candidatura até o último minuto, Renan Calheiros se colocou para a disputa, mas recuou após perceber que perderia para Davi Alcolumbre (DEM). No ano passado, ensaiou de novo uma candidatura, mas seu partido acabou apoiando Rodrigo Pacheco, enquanto Simone Tebet, sem sucesso, tentou um voo solo. Com a relatoria da CPI da Covid, Renan ganhou os holofotes de que tanto gosta.

“Se o Lula vencer a eleição em outubro, o caminho para ele ficará mais fácil. O Renan é fissurado em reatar laços”, afirmou, também pedindo reserva, um senador emedebista. Renan Calheiros tem um laço sempre reatável com Lula, que, segundo as pesquisas, lidera a corrida presidencial.

Na Câmara, outro alagoano, Arthur Lira — em tese, adversário de Calheiros no estado –, buscará se manter no poder (se for reeleito deputado, claro). Como já noticiamos, o caminho do ‘rei Arthur’ tende a ser mais tortuoso do que em 2021.

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Diego Amorim

Se formou em jornalismo pela UnB. Trabalhou no Blog do Noblat e no Correio Braziliense. Gosta da notícia e dos bastidores dela em qualquer área. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Embratel. Está em O Antagonista desde abril de 2016, quando se juntou à equipe para a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Desde então, não tem dado sossego a políticos de todos os partidos em Brasília. É chefe de redação de O Antagonista em Brasília.

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