Mario Sabino, na Crusoé: o comunista
"Quando eu era adolescente, fui parar na casa de uma amiga de uma amiga, no Pacaembu, aqui em São Paulo", diz Mario Sabino, em sua coluna na Crusoé. "A minha juventude, aliás, pode ser resumida como uma passagem contínua por casas de amigos de amigos...
“Quando eu era adolescente, fui parar na casa de uma amiga de uma amiga, no Pacaembu, aqui em São Paulo”, diz Mario Sabino, em sua coluna na Crusoé.
“A minha juventude, aliás, pode ser resumida como uma passagem contínua por casas de amigos de amigos que foram amigos somente por determinado período. Mas a ida a essa casa no Pacaembu me marcou especialmente, porque foi quando me deparei com um mundo até então insólito para mim, no qual se torcia pelos soviéticos, não pelos americanos. Na minha estreiteza de menino de classe média, embora neto de um anarquista italiano, era inimaginável que alguém torcesse contra os Estados Unidos.”
“Eu nunca tinha pisado em território americano, mas eu o habitava em seriados de TV, em desenhos e gibis de super-heróis, em filmes de ação e comédias — e, no único aspecto um pouquinho original, na subliteratura vendida em bancas de jornais. No início dos anos 70, havia uma coleção de livros policiais de segunda ou terceira categoria, em edições bem vagabundas, com capas amarelas, que eu corria para comprar na banca da esquina, sempre que me davam algum dinheiro. Os autores tinham nomes ingleses, mas provavelmente eram pseudônimos de brasileiros que se dedicavam ao ramo, passando-se por americanos, em troca de um salário de subsistência. Não importa, a América também tinha esse aspecto fascinante.”
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