Saraiva representa Maiurino na Corregedoria da PF por nota contra Moro
O delegado Alexandre Saraiva, removido da Superintendência da PF no Amazonas após denunciar conduta ilícita de Ricardo Salles, protocolou há pouco na Corregedoria da Polícia Federal uma representação contra o diretor-geral Paulo Maiurino. O motivo foi a nota com críticas a Sergio Moro...
O delegado Alexandre Saraiva, removido da Superintendência da PF no Amazonas após denunciar conduta ilícita de Ricardo Salles, protocolou há pouco na Corregedoria da Polícia Federal uma representação contra o diretor-geral Paulo Maiurino. O motivo foi a nota com críticas a Sergio Moro.
Saraiva diz que a nota, embora não seja assinada, só foi publicada por determinação expressa do diretor-geral.
“Ao assim agir, o DPF Maiurino manifesta possíveis objetivos de cunho eleitoral, conduta gravíssima”, afirma, considerando que a PF tem “atribuição de polícia judiciária no processo eleitoral”.
“Rebater, por nota oficial, as opiniões de qualquer cidadão já é ato desarrazoado à luz de uma sociedade regida por princípios democráticos. Entretanto, no caso vertente, a publicação oficial da PF foi muito além do simples desmentido.”
Ao dizer que “Moro desconhece a PF e negou conhecê-la quando teve a chance”, a nota “faz crítica viperina contra pessoa que, candidato ou não, simplesmente exerceu seu direito de liberdade de expressão.
Para Saraiva, Maiurino deve ser alvo de processo administrativo disciplinar por violar o artigo 43, inciso XII, da Lei 4.878/1965, que pune o servidor que use seu cargo com “o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de natureza político-partidária, para si ou terceiros”. Além do artigo 350 do Código Eleitoral, ao “omitir em documento público ou particular declaração falsa que dele devia constar ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita para fins eleitorais”.
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