Risco político leva Itaú a reservar 2 bilhões para operações de hedge
O Banco Itaú divulgou hoje seu novo guidance operacional para 2022. O plano de diretrizes, que pode sofrer ajustes ao longo do ano, reserva nada menos que R$ 2 bilhões para operações de hedge cambial, diante do risco político no país...
O Banco Itaú divulgou hoje para investidores seu novo guidance operacional para 2022. O plano de diretrizes, que pode sofrer ajustes ao longo do ano, reserva nada menos que R$ 2 bilhões para operações de hedge cambial, diante do risco político no país.
Até agora, todas as pesquisas de intenção de voto mostram Lula isolado na liderança e, em alguns cenários, com chances de definir a eleição ainda no primeiro turno.
Essas operações de hedge têm como objetivo proteger investimentos contra a alta do dólar. Para tanto, o banco pretende usar ativos internacionais.
Fica evidente a preocupação com a provável vitória do petista, que promete abandonar de vez qualquer âncora fiscal, revisar a reforma trabalhista e apostar no alto endividamento para alavancar o consumo. Lula, inclusive, tem evitado sentar com players do mercado.
O discurso radical, com sinalização clara de retrocesso para país, tem o objetivo de manter engajada a ala mais radical do PT no processo eleitoral. Quem conhece o ex-sindicalista, porém, aposta num recuo na reta final da campanha.
Confira mais detalhes na tabela no pé do post.
Atualização, 21h26: o Itaú Unibanco enviou a O Antagonista a seguinte nota:
“O Itaú Unibanco esclarece que a constituição do referido hedge tem como objetivo dar maior previsibilidade e melhorar a gestão dos índices de capital do banco, de forma que a instituição fique protegida de eventuais volatilidades cambiais, como observado ao longo da pandemia.”
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