Aloysio Nunes: “O PSDB não é mais uma referência nacional”
O ex-senador do PSDB e ex-chanceler Aloysio Nunes (foto) disse, em entrevista ao Estadão publicada nesta sexta (11), que o partido "não é mais uma referência nacional". Ele deu a declaração ao comentar a crise interna no partido envolvendo a pré-candidatura de João Doria (PSDB) ao Planalto e as mudanças na sigla nos últimos anos...
O ex-senador do PSDB e ex-chanceler Aloysio Nunes (foto) disse, em entrevista ao Estadão publicada nesta sexta (11), que o partido “não é mais uma referência nacional”. Ele deu a declaração ao comentar a crise interna no partido envolvendo a pré-candidatura de João Doria (PSDB) ao Planalto e as mudanças na sigla nos últimos anos.
“O PSDB não é mais uma referência nacional como foi. Na época em que o PSDB teve posições fortes na eleição nacional, com Fernando Henrique, (José) Serra e (Geraldo) Alckmin, o partido era uma referência que se opunha ao PT no campo eleitoral. O PSDB trazia consigo um eleitorado mais liberal e progressista, e também de direita conservador, mas do campo democrático. Isso foi explicitado na chapa FHC-Marco Maciel”, afirmou Aloysio Nunes, que atualmente ocupa o cargo de diretor da SP Negócios.
O ex-senador disse ver potencial na candidatura João Doria à Presidência da República, mas afirmou que, se o governador paulista “não decolar”, não há opção viável na “Terceira Via”. Ainda sobre a disputa de 2022, ele defendeu como prioridade impedir a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
Como mostramos, o ex-senador tucano se reuniu no mês passado com Lula (PT). Questionado sobre a aproximação com o petista, Aloysio afirmou:
“Durante o processo de impeachment (de Dilma Rousseff), o antipetismo acabou se transformando em uma segunda natureza do PSDB. Isso nos fez andar em muito má companhia. Agora, diante do desastre que foi a eleição do Bolsonaro – um desastre até previsível – e do seu governo de destruição sistemática, vem a ideia de que é preciso retomar um diálogo que houve ao longo do tempo com forças de esquerda, como o PT […].”
A ação do PT mira esvaziar o grupo de João Doria e emitir sinais ao mercado de que o petista tem buscado a construção de uma frente ampla contra o bolsonarismo.
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