Polarização Lula x Bolsonaro não deve atrapalhar votações na Câmara, diz Ricardo Barros
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou em entrevista a O Antagonista que a disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula não deve atrapalhar o ritmo de votações ao longo de 2022...
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou em entrevista a O Antagonista que a disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula não deve atrapalhar o ritmo de votações ao longo de 2022.
“[A polarização] Já está assim desde o início [da legislatura]. Temos um debate intenso no plenário e uma obstrução patrocinada pelo Partido dos Trabalhadores. Não vai mudar nada”, disse Barros (foto).
Para o líder do governo, a Câmara pode avançar em pautas importantes como a reforma tributária e a modernização do setor elétrico.
“Há a possibilidade de aprovação da PEC 110 [reforma tributária]. Se ela passar no Senado Federal, a Câmara votará também”, declarou Barros.
Leia os principais trechos da entrevista:
Lider, na área econômica, quais pautas podem avançar em pleno ano eleitoral?
Na pauta de economia, é possível avançar muita coisa. Porque temos aí a modernização do setor elétrico, que afeta a economia; defensivos agrícolas [proposta que flexibiliza o uso de agrotóxicos]; regularização fundiária… Há também a possibilidade de aprovação da PEC 110 [reforma tributária]. Se ela passar no Senado Federal, a Câmara votará também.
Na pauta de costumes, é possível avançar em algo: o governo estabeleceu como prioridade a flexibilização do porte de armas e a educação domiciliar. Além desses, outros projetos podem ser aprovados?
Não há outros projetos aqui em condições de votação. Eleitos os novos líderes das bancadas, na semana que vem, nós vamos reunir o colégio de líderes para avançar nestas pautas consideradas prioritárias.
E a proposta de legalização dos jogos de azar? Ela passa? Alguns líderes já falam que dificilmente essa matéria terá condições de seguir em frente em 2022…
O presidente Arthur Lira (PP-AL) diz que vai por o texto a voto. O governo é contra, mas vamos ver o que o plenário decide.
A pauta do plenário deverá ser dominada pelos debates Bolsonaro x PT. Isso pode dificultar o andamento de votações, ou não?
Acredito que não. Porque [a polarização] já está assim desde o início [da legislatura]. Temos um debate intenso no plenário e uma obstrução patrocinada pelo Partido dos Trabalhadores. Então, não vai mudar nada. As convenções são em 15 de agosto, está muito longe. Temos muito tempo para trabalhar até lá.
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