Ruy Goiaba: A solidão do centrista chato
Em seu texto para a Crusoé que foi ao ar nesta semana, Ruy Goiaba (foto) fala da triste vida dos isentões —quer dizer, das pessoas que, sem serem mesinhas, se definem como "de centro" em um mundo caracterizado pela guerra entre torcidas nas redes sociais...
Em seu texto para a Crusoé que foi ao ar nesta semana, Ruy Goiaba (foto) fala da triste vida dos isentões —quer dizer, das pessoas que, sem serem mesinhas, se definem como “de centro” em um mundo caracterizado pela guerra entre torcidas nas redes sociais.
“A atenção das pessoas é escassa e você precisa retê-la: diga ou exiba alguma coisa curta e engraçada, com potencial de viralização. Ou então seja estridente, MUITO estridente. Uns vão gritar junto, outros gritarão contra, mas o ‘clique de ódio’ também é clique e conta para as estatísticas — o que é apenas a versão 2.0 dos velhíssimos lugares-comuns ‘não existe publicidade negativa’ ou ‘falem mal, mas falem de mim’. (…) Minhas colunas mais comentadas quase nunca são as que mais gostei — ou menos desgostei — de escrever. Por exemplo, aquela em que digo que o governo Bolsonaro é o mais burro da história do Brasil, coisa óbvia para quase qualquer brasileiro com mais de dois neurônios, mas que estimulou um pessoal a xingar o presidente junto comigo e outro a xingar o autor. (…)
Não existe salvação para o centrista, muito menos audiência, neste mundo de tribos conflagradas nas redes sociais. A única saída que vislumbro é fundar uma célula terrorista de centristas radicais e sair jogando bomba nesse pessoal extremista, para verem o que é bom.”
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