A assessoria da Presidência da Câmara ainda não respondeu a O Antagonista por que Arthur Lira não pautou em plenário duas representações pelo afastamento de Daniel Silveira (PSL-RJ) – meses depois do prazo regimental para isso acontecer.

O Conselho de Ética da Câmara aprovou no ano passado duas representações pelo afastamento de Silveira: uma em 29 de junho e outra em 7 de julho.

O conselho aprovou suspensão do mandato de Silveira por dois meses por ter gravado e divulgado reunião sigilosa do PSL dentro da Câmara; e por seis meses pelo vídeo em que faz ameaças e ofensas a ministros do STF.

Pelo regimento da Câmara, “[o]s processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados não poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deliberação pelo Conselho ou pelo Plenário da Câmara dos Deputados, conforme o caso”.

A primeira representação aprovada contra Silveira já completou sete meses, e a segunda está prestes a fazer o mesmo.

O site da Câmara mostra que Lira recebeu e assinou despachos sobre ambas as decisões do Conselho de Ética. Confira:

Em 2021, o Conselho de Ética aprovou apenas uma outra punição que exigia votação em plenário: a cassação de Flordelis. Lira leu a representação em plenário 22 dias depois de rejeitado o recurso da então deputada à CCJ.

Leia mais:

Pedidos para suspender mandato de Daniel Silveira completam 7 meses na gaveta de Lira