Em diferentes estados, não-vacinados são maioria nas UTIs
Os não-vacinados ou pessoas com esquema vacinal incompleto, minoria na população em geral, são a maioria nas UTIs, em diferentes estados e cidades. O levantamento foi feito por O Antagonista nesta quinta (3)...
Os não-vacinados ou pessoas com esquema vacinal incompleto, minoria na população em geral, são a maioria nas UTIs, em diferentes estados e cidades. O levantamento foi feito por O Antagonista nesta quinta (3).
A secretaria de Saúde do Distrito Federal informou hoje que “90% dos internados são de pessoas que não se vacinaram ou que estão com o ciclo vacinal incompleto”. Por “incompleto” entende-se a pessoa que tomou apenas uma dose de vacina com esquema de duas doses.
A prefeitura do Rio informou que “[e]ntre os pacientes atualmente internados por Covid-19 na rede SUS na capital do Rio de Janeiro, cerca de 88% não têm o esquema vacinal completo (três doses) e 46% não têm nenhuma dose”. O critério da prefeitura, portanto é diferente do de outras secretarias: inclui a dose de reforço para considerar o esquema completo.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina divulgou ontem (2) resultados de um estudo a respeito, com dados de novembro de 2021 a janeiro de 2022.
Segundo o estudo catarinense, a taxa de hospitalização em idosos não-vacinados ou com vacinação incompleta foi 31 vezes maior do que entre os idosos que já receberam a dose de reforço.
Entre os adultos, a taxa entre os não-vacinados ou com vacinação incompleta foi 20 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço.
A desproporção em mortes foi ainda maior. “A taxa de óbitos por Covid-19 em idosos não vacinados ou com vacinação incompleta foi 47 vezes maior do que naqueles que já receberam a dose de reforço. Já entre os adultos, a taxa entre os não vacinados ou com vacinação incompleta foi 39 vezes maior do que naqueles que receberam a dose de reforço”, diz a nota do governo de Santa Catarina.
A secretaria da Saúde da Bahia informou não ter no nomento “números atualizados desse censo hospitalar”, e a do Rio Grande do Sul disse que irá publicar novo boletim no começo da noite de hoje. Outras secretarias consultadas não responderam às nossas perguntas.
A desproporção é ainda maior do que aparenta, porque os não-vacinados são minoria. Pelos dados do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil tem 150 milhões de pessoas com a vacinação primária (sem contar a dose de reforço), o equivalente a 70% da população.
Também nesta quinta (3), o Ministério da Saúde celebrou uma nova marca: 60% dos maiores de 60 anos já receberam a dose de reforço.
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