Um levantamento feito pelo Estadão aponta que Jair Bolsonaro (foto, ao centro) já tem palanques estaduais para as eleições de 2022 negociados em 14 estados. Lula, por sua vez, conta com 18.

Mesmo com cargos, ministérios e até o controle do Orçamento, o Centrão deve se opor a candidatos bolsonaristas em ao menos cinco estados, diz o jornal.

Em novembro, para garantir a filiação de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto (foto, à esquerda), prometeu romper acordos regionais com o PT e com tucanos. Agora, no entanto, ele tem sido pressionado a liberar os diretórios regionais para permanecerem neutros nas disputas.

Em São Paulo, por exemplo, a meta do governo é eleger Tarcísio Gomes de Freitas. Mas um pedaço do PL ainda prefere apoiar Rodrigo Garcia, o atual vice de Doria, do PSDB.

No Piauí, o provável candidato bolsonarista é o ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes, do PSDB. Apesar disso, integrantes do PL no estado ainda flertam com o petista Wellington Dias.

No Ceará, o presidente regional do PL, Acilon Gonçalves, é um conhecido aliado do governador petista Camilo Santana. Bolsonaro pretende lançar o deputado Capitão Wagner (Pros) no estado. Gonçalves ainda não declarou apoio à candidatura.