O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) determinou a suspensão de sessões de julgamento que estavam previstas para o período de 17 a 21 de janeiro em razão da greve dos auditores-fiscais da Receita Federal. Nesta semana, já não ocorreram julgamentos no tribunal administrativo.

Na portaria, a presidente do Carf, Adriana Gomes Rêgo, diz que a decisão se dá “em razão da falta de quórum regimental para instalação e deliberação do colegiado, motivado pela adesão de conselheiros representantes da Fazenda Nacional ao movimento paredista da categoria”.

Ontem, chegaram a 1.288 os pedidos de entrega de cargos de chefia e as primeiras exonerações começaram a ser formalizadas na Receita, informou o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco).

Em 30 de dezembro, um grupo de 63 conselheiros do ​Carf divulgou uma carta afirmando que eles não participariam das sessões de julgamento do colegiado previstas para janeiro de 2022.

O órgão, conhecido como “tribunal da Receita Federal“, julga disputas tributárias entre a União e contribuintes.

O movimento ocorre após o Congresso aprovar o Orçamento de 2022 com cortes de recursos do Fisco para bancar o reajuste dos salários de policiais federais.