Em ata, Copom reforça nova alta de juros de 1,5 ponto percentual
Como O Antagonista publicou na semana passada, a Selic deve chegar a 10,75% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, após o aumento para 9,25%. A nova alta foi registrada em ata publicada há pouco no site da instituição...
Como O Antagonista publicou na semana passada, a Selic deve chegar a 10,75% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, após o aumento para 9,25%. A nova alta foi registrada em ata publicada há pouco no site da instituição.
“Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, diz o documento.
Segundo o Copom, a inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes, e tem se mostrado mais persistente que o antecipado. A alta nos preços dos bens industriais ainda não arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou, refletindo a gradual normalização da atividade no setor, dinâmica que já era esperada.
“As leituras recentes vieram acima do esperado e a surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos mais associados à inflação subjacente. Prospectivamente, a queda significativa dos preços internacionais de commodities energéticas, que têm exibido volatilidade substancial, limitou a revisão para cima das projeções de curto prazo”, informa o Copom.
Com relação ao ambiente internacional, a ata do Copom aponta diversos fatores fatores adicionais de risco para o crescimento das economias emergentes.
“Alguns bancos centrais das principais economias expressaram claramente a necessidade de cautela frente à maior persistência da inflação, tornando as condições financeiras mais desafiadoras para economias emergentes. Além disso, a questão imobiliária na China, a possibilidade de nova onda da Covid-19 durante o inverno e o aparecimento da variante Ômicron adicionam incerteza quanto ao ritmo de recuperação nas economias centrais. Esses eventos geraram quedas nos preços de commodities importantes, mas ainda é cedo para prever a extensão deste movimento”, diz o Copom.
O Banco Central passou a estimar uma inflação de 4,7% em 2022, acima da meta de 3,5% para o ano. A projeção para 2021 também foi revisada para 10,2%.
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