A ministra Rosa Weber (foto), do STF, afirmou há pouco que “a diversidade importa porque faz a diferença e é inegável que o silêncio das vozes acobertou fissuras sociais.”

A declaração foi dada na abertura do  seminário “Por estas e por outras”, que tem o objetivo de debater a justiça pelo olhar de mulheres. Idealizado pelas ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber, além da ministra aposentada Ellen Gracie. Oportunidades de trabalho, acesso à saúde, desigualdade de gênero e violência contra a mulher estão entre os temas abordados durante as palestras.

Segundo a ministra, a desigualdade de gênero corrompe a democracia.

“A educação é a base de tudo. Falhamos na nossa democracia porque falhamos na educação. Nós não devemos nossa voz a ninguém. como silenciadas, esse silencio possibilitou construção de um sistema estruturalmente discriminatório”, disse.

A ministra afirmou ainda que a falta de direitos das mulheres permaneceu imperceptível na vida social.

“Não tínhamos direitos iguais e havia leis que discriminavam. O tratamento diferenciado da mulher, classificada como segunda classe, permitiu isso. Temos conseguido avançar e as políticas afirmativas e cotas são essenciais, mas ainda é pouco. Temos de ter 50% da participação em todos os espaços de tomada de decisão”, afirmou.

Mais cedo, o ministro Edson Fachin afirmou  que tornar as mulheres invisíveis foi naturalizado ao longo da história. Segundo o ministro, é preciso haver essas discussões para “desassossegar”.