“O Banco Central terá que manter a guarda alta”
O Comitê de Política Monetária (Copom) deve aumentar os juros em 1,5 ponto percentual na reunião marcada para quarta-feira (8) e promover alta semelhante no encontro de 1º e 2 fevereiro do próximo ano. A afirmação é do estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno (foto)...
O Comitê de Política Monetária (Copom) deve aumentar os juros em 1,5 ponto percentual na reunião marcada para quarta-feira (8) e promover alta semelhante no encontro de 1º e 2 fevereiro do próximo ano. A afirmação é do estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno (foto).
Segundo ele, mesmo com a atividade econômica mostrando fraqueza, o que ajudaria na queda da inflação, o Banco Central precisará manter o ritmo de alta de juros em 1,5 ponto percentual.
“A recuperação cíclica da economia está perdendo força. Mesmo com o risco de recessão no próximo ano, o BC não deve mudar o ritmo de alta de juros, que é bastante forte. Há a necessidade de levar a Selic para um nível acima do neutro, com a decisão do governo de aumentar os gastos públicos para tentar reeleger o presidente Jair Bolsonaro. O BC vai ter que manter guarda alta contra a inflação”, afirmou.
Nas contas de Rostagno, a Selic chegará a 11,25% em 2022. Ele ainda estima um crescimento econômico de 0,8%, mas com viés de baixa.
“Teremos uma incerteza grande com as eleições de 2022. Como o processo será polarizado, com resultado incerto, os empresários devem adotar uma postura de cautela, postergando decisões de investimento”, disse.
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