Soraya: “Se pensam que irão nos levar no tapetão, estão muito enganados”
Como noticiamos mais cedo em primeira mão, está em disputa nos bastidores do Senado o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões no orçamento de 2022, ano de eleição — o valor equivale a quatro vezes o orçamento secreto...
Como noticiamos mais cedo em primeira mão, está em disputa nos bastidores do Senado o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões no orçamento de 2022, ano de eleição — o valor equivale a quatro vezes o orçamento secreto.
A senadora Rose de Freitas (MDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), atropelou o regimento e uma norma que rege o funcionamento do colegiado para emplacar o senador bolsonarista Wellington Fagundes (PL-MT) na importante relatoria de educação do orçamento, responsável pela análise de cerca de 680 emendas.
“É lamentável a atitude da Rose de Freitas. A atitude não se sustenta regimentalmente. Espero que não tenhamos mais um motivo a ensejar a abertura de uma nova CPI do Orçamento”, disse a O Antagonista a senadora Soraya Thronicke (foto), do PSL do Mato Grosso do Sul, indicada para a função, no lugar de Fagundes, pelo bloco parlamentar formado por Podemos, PSDB e PSL.
“Se eles pensam que irão nos levar no tapetão estão muito enganados, assim como se enganam com a minha aparência e a minha história. Sou estreante na política, mulher e um pouco mais jovem, o que não significa que não entenda o que está acontecendo. Ali ninguém me engana”, acrescentou Soraya.
Pelas regras vigentes, Wellington Fagundes não poderia ocupar a função, uma vez que um correligionário, o deputado Zé Vitor (PL-MG), o antecedeu. A indicação de Fagundes também não poderia ter sido assinada pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que se colocou como líder do bloco parlamentar, o que não é verídico.
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