“Moro tem uma noção muito clara dos problemas econômicos”
Affonso Celso Pastore, conselheiro de Sergio Moro, disse para o Estadão: “Eu não tenho nenhuma pretensão de ser Posto Ipiranga de ninguém. O que eu tenho feito com o ministro Moro é expor minhas ideias e ouvir os contrapontos...
Affonso Celso Pastore, conselheiro de Sergio Moro, disse para o Estadão:
“Eu não tenho nenhuma pretensão de ser Posto Ipiranga de ninguém. O que eu tenho feito com o ministro Moro é expor minhas ideias e ouvir os contrapontos. Desculpa, eu não vou falar em nome dele. Ele vai falar em nome dele. Eu não tenho nenhum engajamento de dar repostas por ele. O que me anima é que ele está disposto a me ouvir. Eu vou dizer o seguinte: ele tem uma noção muito clara dos problemas econômicos e é capaz de colocar perguntas inteligentes que encaminhem a discussão para respostas que façam sentido. É uma coisa muito diferente de uma relação de economista com alguém que não entende nada e não quer entrar na discussão”.
Ele disse também:
“Quando ele resolveu entrar para a política, começou a fazer contato comigo. Tivemos uma série de reuniões iniciais. Meu relacionamento com Moro é saber se ele concorda com o meu ponto de vista e se eu concordo com a visão que ele tem de como conduzir o Brasil. Esse é um projeto que me agrada. Houve absoluta concordância de como transformar o Brasil. Evidentemente, não se consegue fazer isso tudo sozinho. Outras pessoas vão colaborar”.
O programa que ele está preparando é claro:
“Será preciso um arcabouço macroeconômico para refazer a responsabilidade fiscal do País. São necessárias condições para que se possa criar um programa que retome o desenvolvimento econômico e melhore a distribuição de renda dentro do país. Na promoção do desenvolvimento econômico há um conjunto de coisas que é preciso fazer. Precisamos de reformas tributárias de bens e serviços e do Imposto de Renda, criar as condições para abrir a economia brasileira ao setor externo. É importante que se dê uma correta dimensão de qual é o tamanho do Estado na economia. Eu quero gastar um tempo discutindo isso”.
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