Saúde publica nota técnica sobre dose de reforço; orientação sobre Janssen ainda não saiu
O Ministério da Saúde publicou na noite desta quarta (17) nota técnica com as orientações para a dose de reforço das vacinas contra a Covid em todos os maiores de 18 anos. Pela orientação da nota técnica, a administração da dose de reforço - cinco meses depois da 2ª...
O Ministério da Saúde publicou na noite desta quarta (17) nota técnica com as orientações para a dose de reforço das vacinas contra a Covid em todos os maiores de 18 anos.
Pela orientação da nota técnica, a administração da dose de reforço – cinco meses depois da 2ª dose das vacinas da AstraZeneca, Coronavac ou Pfizer – já pode começar. Ainda não há nota técnica orientando uma 2ª dose da vacina da Janssen.
A vacina para a dose de reforço deverá ser preferencialmente a da Pfizer, sendo as vacinas da AstraZeneca e da Janssen alternativas aceitáveis, “independente do esquema vacinal primário”.
A nota foi publicada um dia depois do anúncio de Marcelo Queiroga de que a dose de reforço deveria ser aplicada em todos os adultos. Antes, estava prevista apenas para profissionais de saúde, os maiores de 60 anos e os imunossuprimidos.
A decisão de Queiroga atropelou a Anvisa, que recebeu um pedido da Pfizer para incluir uma 3ª dose na bula. Ontem, a AstraZeneca também fez um pedido para incluir uma 3ª dose na bula. Hoje, as bulas de ambas incluem um regime de duas doses.
Entre outras pesquisas, a equipe do ministério cita um estudo publicado no New England Journal of Medicine que mostrou que, em Israel, as infecções e hospitalizações por Covid foram bem menores entre os maiores de 60 anos que tomaram dose de reforço da vacina da Pfizer, em comparação com os que receberam apenas as duas doses. A dose de reforço para maiores de 60 anos, como sabemos, é recomendada pelo governo brasileiro desde o fim de setembro.
A nota técnica também cita um estudo preliminar, ainda não revisado por outros cientistas, que mostrou efetividade menor das vacinas da Pfizer e da Moderna em pessoas no estado americano do Minnesota em julho, em comparação com o começo do ano. A queda da efetividade da vacina da Pfizer foi maior que a do imunizante da Moderna, especialmente com o avanço da variante Delta.
Os autores desse estudo preliminar pedem “mais avaliação” de mecanismos que possam explicar as diferenças na efetividade das vacinas, como o regime de doses, mas não fazem nenhuma recomendação específica.
A nota do ministério também cita três estudos de autores chineses, sendo dois deles sobre uma terceira dose de Coronavac e um – conduzido em camundongos – sobre uma dose de reforço heteróloga (ou seja, de outra vacina). Outro estudo, no Reino Unido, avaliou os resultados de uma terceira dose da vacina da AstraZeneca; e uma outra pesquisa estudou os benefícios de combinar uma 1ª dose da vacina da AstraZeneca com uma 2ª dose de Pfizer.
Não há referência a estudos conduzidos no Brasil.
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