Após estocadas de Flávio, PSC não teria mais tanta disposição em filiar Bolsonaro
Se não fechar com o PL, Jair Bolsonaro (foto, à direita) terá ainda mais dificuldade em encontrar um partido para disputar a reeleição em 2022. A volta ao nanico PSC, por exemplo, seria hoje uma opção bastante remota. Em dois momentos neste ano -- em março e em julho --, o presidente da República se reuniu com lideranças da sua antiga legenda para tratar de possível filiação...
Se não fechar com o PL, Jair Bolsonaro (foto, à direita) terá ainda mais dificuldade em encontrar um partido para disputar a reeleição em 2022.
A volta ao nanico PSC, por exemplo, seria hoje uma opção bastante remota.
Em dois momentos neste ano — em março e em julho –, o presidente da República se reuniu com lideranças da sua antiga legenda para tratar de possível filiação.
O PSC, do Pastor Everaldo, foi o último partido ao qual Bolsonaro esteve filiado antes de fechar com o PSL, de Luciano Bivar, para a disputa presidencial de 2018.
Nas duas oportunidades, apurou O Antagonista, Bolsonaro demonstrou “muita simpatia pelo partido” e quis saber se Everaldo estava, de fato, afastado do comando da sigla. Ouviu a garantia de que sim. Investigado por corrupção na área da saúde no Rio de Janeiro, Everaldo ficou quase um ano preso — desde julho, está em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica e impedido de viajar.
Nessas reuniões com o PSC, a despeito da presença de Jair, quem conduziu as conversas foi o senador Flávio (foto, à esquerda). De forma enfática, o filho 01 do presidente afirmou às lideranças do PSC que o pai precisaria de “tempo de televisão e recursos do fundo partidário”, algo que, no entender de Flávio, o PSC não tinha para oferecer.
Lideranças do partido chegaram a dizer ao senador que, com o presidente da República na sigla, o PSC faria coligações, mas Flávio, segundo relatos, teria reforçado que o pai precisaria de um partido maior.
Para quem participou de reuniões recentes sobre filiação partidária de Jair Bolsonaro, está claro que Flávio é quem está dando a última palavra.
“Hoje, se Bolsonaro, por acaso, voltasse a nos procurar, não sei mais se o PSC estaria 100% de braços abertos. Ele [Bolsonaro] está ficando cada vez mais sem opções e os aliados estão perdidos e inseguros”, disse, em reservado, a este site uma liderança do PSC.
Ainda em 2016, Pastor Everaldo, da Assembleia de Deus, defendia que Bolsonaro fosse candidato ao Planalto pela sigla. Naquele ano, animado com a possibilidade do então deputado ser “o presidenciável dos evangélicos”, Everaldo mergulhou Bolsonaro nas águas do Rio Jordão, em Israel, em um batismo do qual Carlos, o filho 02, também participou. Bolsonaro se diz católico.
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