A Procuradoria-Geral da República informou nesta quarta-feira (10) que apenas ontem a equipe designada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu os documentos sigilosos reunidos e produzidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Integrantes da CPI levaram o relatório ao MPF em 27 de outubro.

“O lapso temporal entre a entrega simbólica do relatório, ocorrida no último dia 27, e o recebimento das mídias deve-se a dificuldades operacionais decorrentes do volume do material (aproximadamente 4 terabytes) e da necessidade de se observar os protocolos institucionais que visam assegurar a cadeia de custódia, fundamental à validade jurídica das informações”, disse trecho da nota.

Aras tem sido criticado por omissão diante de condutas de Jair Bolsonaro na pandemia. O PGR recebeu o relatório um dia após o término da CPI, elogiou o trabalho dos parlamentares e se comprometeu a dar a “agilidade necessária” ao material, postura que agradou aos senadores.

Na nota, a PGR afirmou que assim que forem concluídas as medidas de praxe para a recebimento interno do material, todos os documentos serão liberados à equipe de investigadores que atua em auxílio ao procurador-geral da República.

“Dessa análise, decorrerão eventuais pedidos de diligências e demais providências cabíveis em relação a todos os fatos apontados e indiciamentos sugeridos pelos parlamentares”, disse na nota.