‘PEC do Gilmar’: “Vamos ver se o Arthur vai querer chegar chegando”
Na última quinta-feira (7), minutos depois de a votação da 'PEC do Gilmar' ser adiada, Arthur Lira (foto), de Roma, enviou uma mensagem a um interlocutor sorrindo e dizendo que a proposta seria votada nesta semana, como noticiamos. Desde então, o presidente da Câmara, que ainda não voltou ao Brasil, tenta costurar um acordo com as principais lideranças...
Na última quinta-feira (7), minutos depois de a votação da ‘PEC do Gilmar’ ser adiada, Arthur Lira (foto), de Roma, enviou uma mensagem a um interlocutor sorrindo e dizendo que a proposta seria votada nesta semana, como noticiamos.
Desde então, o presidente da Câmara, que ainda não voltou ao Brasil, tenta costurar um acordo com as principais lideranças.
Um líder pedindo reserva (incrível como a maior parte deles teme Lira) disse a O Antagonista:
“Na semana passada, era o Marcelo Ramos [na condução dos trabalhos]. Vamos ver como é que o Arthur chegará na quarta-feira [pós-feriado de Nossa Senhora Aparecida]: se ele vai chegar chegando ou se vai deixar isso solto. O Arthur tem uma característica muito forte: ele joga para ganhar. Nesse caso, ele já deve ter dado um puxão de orelha no relator e mandado resolver as pendências para, a partir daí, se arrumar com a tropa que garante os votos e, depois, avisar à oposição como vai tratorar no plenário.”
O mesmo líder comentou:
“Na semana passada, foi tudo muito atabalhoado e isso atrapalhou bastante a votação. Em um único dia, o relatório apresentou quatro textos diferentes. Isso deixa todo mundo mal-humorado.”
Após pressão de O Antagonista, a votação da PEC — que precisa de, no mínimo, 308 votos na Câmara — acabou sendo adiada. Como registramos mais cedo, representantes do Ministério Público querem, ao menos, cinco alterações no texto: leia aqui.
“Estão tentando o acordo. Sem acordo, não passará nem sequer com o quórum mais alto possível em plena semana de feriado”, afirmou a este site outra liderança partidária.
Um dos pontos que devem dificultar o tal acordo é o que dá mais poder ao procurador-geral da República.
“Hoje, a classe política está satisfeita com o Augusto Aras e, por isso, acha que o texto deve prosseguir com os amplos poderes ao PGR. Ainda tem muito de ‘sangue nos olhos’ contra a Lava Jato”, acrescentou o líder, também em reservado.
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