Mario Sabino, na Crusoé: “Civilização e barbárie em Paris”
"A minha sala preferida do Museu do Louvre está longe da balbúrdia causada por La Gioconda, de Leonardo da Vinci, o imã pop que atrai milhões de visitantes que menos a veem do que a fotografam", diz Mario Sabino, em sua coluna na Crusoé...
“A minha sala preferida do Museu do Louvre está longe da balbúrdia causada por La Gioconda, de Leonardo da Vinci, o imã pop que atrai milhões de visitantes que menos a veem do que a fotografam”, diz Mario Sabino, em sua coluna na Crusoé.
“É a sala onde estão as pinturas monumentais de Rubens, o pintor flamengo, que retratam a vida da rainha Marie de Médicis, ou Maria dei Medici, a florentina que se casou com o rei Henri IV, de quem foi a segunda mulher. Depois da morte do marido, ela mandou e desmandou na França do começo do século XVII, até ser enxotada do poder pelo próprio filho, Louis XIII, que a exilou no castelo de Blois, no Vale do Loire, sob os auspícios do cardeal Richelieu, a quem a rainha havia nomeado ministro da Guerra e que dá nome à ala do Louvre onde as pinturas foram instaladas.”
“[…] Plot twist. Escrevi sobre as pinturas de Rubens que retratam Marie de Médicis e resvalei em Catherine de Médicis, com o pensamento em uma terceira personagem feminina que se dedica neste momento a destruir meticulosamente Paris: a prefeita socialista Anne Hidalgo, espanhola de nascimento, cuja atuação egoica e fanática alimenta sentimentos xenofóbicos.”
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