“Talvez o ‘balcão de Michelle’ ajude a explicar por que a Caixa não está na lista de privatizações”
O economista Roberto Ellery disse a O Antagonista que a reportagem de capa da nova edição da Crusoé mostra "mais um exemplo do nosso capitalismo de compadres: o uso de bancos estatais para comprar apoio político e/ou agradar empresários amigos". "Talvez o episódio ajude a explicar por que a Caixa não está na lista de privatizações...
O economista Roberto Ellery disse a O Antagonista que a reportagem de capa da nova edição da Crusoé mostra “mais um exemplo do nosso capitalismo de compadres: o uso de bancos estatais para comprar apoio político e/ou agradar empresários amigos”.
“Talvez o episódio ajude a explicar por que a Caixa não está na lista de privatizações”, afirmou.
Documentos obtidos pela revista mostram que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, agiu, pessoalmente, para favorecer empresas amigas e adeptas do bolsonarismo no auge da pandemia da Covid. Empréstimos foram liberados pela Caixa depois que ela falou com o presidente do banco, Pedro Guimarães, e enviou e-mails com uma lista de indicados: leia mais aqui.
Ellery comentou:
“Entendo que seja uma solução politicamente difícil, capaz de ser impossível, mas abrir o capital da Caixa, de preferência com ações negociadas em Nova York, ajudaria bastante, pois obrigaria a Caixa a adotar medidas de governança e transparência exigidas para operar nas bolsas. Não evitaria coisas do tipo, como não evitou na Petrobras, mas ajudaria a apurar e talvez até punir os envolvidos.”
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