Com Supremo, com tudo!
A nota de recuo de Jair Bolsonaro, articulada por Michel Temer, deve ajudar a restabelecer um acordo que vinha sendo costurado há três semanas com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Ele consiste na...
A nota de recuo de Jair Bolsonaro, articulada por Michel Temer, deve ajudar a restabelecer um acordo que vinha sendo costurado há três semanas com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
Ele consiste na rejeição da ação que pede no Supremo a derrubada dos decretos das armas, uma nova regulamentação em torno da reserva Raposa Serra do Sol e a transferência do inquérito das fake news para Augusto Aras — evitando que ele avance sobre Jair Bolsonaro e seus filhos.
No plano legislativo, também está prevista a aprovação de uma PEC para restringir a atuação do Supremo a temas constitucionais (de difícil tramitação), a aprovação de um ICMS fixo e do Auxílio Brasil; além da solução para os precatórios (nas mãos do CNJ) e, claro, a aprovação do nome de André Mendonça para o STF.
Temer também teria apoio para se candidatar a deputado federal em 2022 e presidir a Câmara após o biênio de Lira.
Ninguém tem claro se esse acordo será cumprido na íntegra, considerando as questões complexas envolvidas e o próprio comportamento imprevisível de Bolsonaro. Os ataques dele ao STF no 7 de Setembro mostraram aos interlocutores envolvidos nesse acerto que o presidente só consegue governar para a militância e reage a ela quando pressionado.
Para acalmá-la, será preciso evitar novas medicas cautelares por parte de Moraes (também imprevisível) e incutir — à base de muita fake news — a ideia de que o presidente da República tem um plano mirabolante para implodir o sistema e libertar seu povo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)